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Articulações mandibulares são recriadas em cirurgia

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O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), referência estadual no tratamento de crianças com deformidades congênitas de crânio e face, faz parte da história de centenas de pacientes que necessitarame que ainda precisam passar por diversas cirurgias ao longo da vida. É o caso de Ana Júlia Nascimento Francisco, 16 anos, de Criciúma, portadora da Síndrome de Treacher Collins, uma condição que causa impossibilidade de abertura bucal, problemas na mastigação, digestão, fala e aparência.

Ana Júlia faz acompanhamento com os profissionais do HIJG desde que tinha um ano e quatro meses de idade e passou por nova cirurgia no dia 17, ficando internada em recuperação até o último dia 26 de março. A cirurgia de alta complexidade, executada pelo cirurgião bucomaxilofacial do HIJG, Levy Rau, tratou a anquilose da articulação têmporo-mandibular (ATM),recriando novas articulações da mandíbula e possibilitando a abertura de boca e articulação da mandíbula com o crânio.

O médico neurofisiologista Rinaldo Claudino realizou o monitoramento neurofisiológico da paciente em parceria com a equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial (CTBMF) do Infantil, integrada ainda pelos anestesiologistas Mahmud Khalil Zardeh e Emilton Arena Silva Junior. “Além do neurofisiologista e dos anestesiologistas, agradecemos a inestimável contribuição do ortodontista Rodrigo Matos, coordenador curso de Especialização em Ortodontia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc);do cirurgião pediátrico FelippeFlausino, responsável pelo Centro Cirúrgico do HIJG; e do ortopedista pediátrico do HIJG, André Luís Fernandes Andújar”, ressalta Levy Rau.

 

 

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“Agradeço a todos os funcionários do HIJG. Obrigada à equipe que ficou quase dez horas com a minha filha no Centro Cirúrgico e às enfermeiras do grupo D, que foram muito prestativas e atenciosas. Agradeço a todos os funcionários da cozinha, que prepararam os lanches da Ana, até com coraçãozinho junto do nome dela nos copos de sopa. Esses gestos de carinho são inesquecíveis”, ressalta Mirela Albino Nascimento Francisco, mãe da paciente, destacando a humanização no hospital infantil. “Agradeço de todo o coração ao Dr. Levy Rau e sua equipe, como a Dra. Catherine Schmitz. Prezo muito pela humanização no atendimento que tivemos em toda a permanência da Ana Júlia. São 15 anos de acompanhamentos e de muitas cirurgias, e ainda virão mais algumas. Tenho certeza de que a Ana será bem cuidada em todas. Aos anjos que todos os dias dão tudo pela saúde de quem mais precisa, deixo toda minha gratidão e homenagem”, complementa.

Procedimento inovador

Após a ressecção das massas ósseas da paciente, que levaram à anquilose, a equipe realizou a instalação de dois distratores de ramo mandibular, dando mais um passo para reabilitação de Ana Júlia. Conforme Rau, com o uso dos distratores é possível o ganho gradativo de tecido mole e ósseo do ramo mandibular e estruturas relacionadas, isto de forma fisiológica, o que é impossível pelas técnicas convencionais.
A cirurgia contou com técnicas de neurofisiologia trans-operatória para monitorização de nervo facial e de consciência (BIS). O BIS® é uma medida direta dos efeitos dos anestésicos e sedativos no cérebro. Usando um sensor posicionado na testa do paciente, a Monitorização BIS traduz a atividade cerebral em um único número entre cem (acordado) e zero (ausência de atividade elétrica cerebral) que representa o nível de consciência do paciente.
A anquilose da articulação têmporo-mandibular é tratável por distração osteogênica, portanto, evitando o uso de próteses de ATM, “que são extremamente caras, mutilantes e de altos índices de complicações”, segundo o cirurgiãobucomaxilofacial.

Monitorização Eletroneurofisiológica

A lesão do nervo facial é uma das complicações mais sérias das cirurgias faciais, tanto do ponto de vista estético, quanto funcional. O monitoramento do nervo é realizado por meio de eletrodos, posicionados na pele para guiar os estímulos durante toda a evolução cirúrgica, permitindo aferir com precisão o posicionamento das fibras nervosas e assim reduzindo o risco de lesões graves e permanentes às atividades motoras e sensoriais.

Monitorização da Profundidade Anestésica

A monitorização padrão da anestesia não inclui uma medida direta do efeito sistêmicos dos anestésicos (ex.: cérebro). A manutenção da dose individualizada de anestesia de um paciente com a tecnologia BIS™ demonstrou melhorar os resultados anestésicos, evitando níveis muito profundos ou muito superficiais de anestesia, o que resulta em: diminuição do volume de drogas anestésicas; diminuição do tempo de despertar e recuperação pós-anestésica; menor consumo de oxigênio; e redução do risco de despertar intraoperatório.
A MA Hospitalar disponibilizou a monitorização Bis e a Neuromed a eletroneurofisiológica, ambas sem custo ao HIJG para uso neste procedimento.

 

HIJG oferece tratamento completo para deformidades craniofaciais congênitas

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Rosana Cristine Otero Cunha (otorrinolaringologista), Catherine Schmitz Espezim (odontopediatra), Levy Hermes Rau (bucomaxilofacial) e Janice Westphal Román Nappi (fonoaudióloga) integram o serviço Joaninha. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

 

Hospital infantil é vanguarda em SC no tratamento integral de crianças com malformações, como a fissura labiopalatal

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, conta atualmente com o Serviço Joaninha, o mais completo de Santa Catarina no tratamento de crianças com deformidades craniofaciais congênitas, ou seja, aquelas que acometem o crânio e a face. Entre as anomalias congênitas mais comuns está a fissura labiopalatal, também conhecida como lábio leporino e fenda palatina, problema que afeta aproximadamente 1 a cada 700 nascidos vivos, de acordo com a literatura especializada.

O diferencial do HIJG é que o hospital conta com equipe multiprofissional que envolve todas as especialidades necessárias para o diagnóstico e tratamento dessas deformidades incluindo Genética, Odontologia (Odontopediatria/Bucomaxilofacial/Ortodontia/Protesista), Fonoaudiologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Geral e Cirurgia Pediátrica, Pediatria, Cardiologia, Enfermagem, Ortopedia, entre outras.

As quatro principais especialidades do Joaninha - Odontologia, Fonoaudiologia, Cirurgia Plástica e Otorrinolaringologia - oferecem em média 80 consultas por mês. “Atualmente conseguimos examinar e tratar o paciente de A a Z, ou seja, de forma integral, não somente casos de fissura labiopalatal, mas todos os tipos de deformidades oro-maxilofaciais”, salienta o cirurgião dentista bucomaxilofacial Levy Hermes Rau. “Temos a possibilidade de fazer avaliação conjunta dos casos e propor soluções. É comum recebermos pacientes que passaram pela cirurgia plástica em outros locais, mas que não conseguiram profissionais habilitados quando existem comorbidades associadas” complementa a fonoaudióloga Janice Westphal Román Nappi.

A fissura labiopalatal vem acompanhada de outras complicações, como auditivas e ventilatórias. A odontopediatra Catherine Schmitz Espezim explica que o cirurgião plástico faz o fechamento do tecido mole (lábio, nariz e palato), mas o cirurgião bucomaxilofacial precisa que o paciente use o aparelho ortodôntico para poder operar o tecido duro (osso). “Antigamente não havia Ortodontia no HIJG e os pacientes daqui eram encaminhados para o Centro de Apoio ao Paciente com Deformidade (Capadef) do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Quando eles estavam prontos lá, vinham para o HIJG”, lembra, dizendo que agora esta realidade mudou, pois tudo pode ser feito no hospital. O paciente fissurado exige todas as especialidades da Odontologia.

Outra inovação oferecida pelo Joana de Gusmão atualmente é a utilização do dispositivo NAM para modelagem da asa do nariz, que é uma cartilagem. “O ideal é que seja feito nos primeiros 30 dias de vida da criança. Estamos utilizando esse dispositivo para ajudar na estética desses bebês, que serão operados até os seis meses de vida”, salienta Dra. Catherine.

O setor de Fonoaudiologia monitora de perto a saúde auditiva dos pacientes do Joaninha. “A criança com fissura e fenda palatina tem muito mais chance de desenvolver perda auditiva, pois há conexão direta com o ouvido. A partir de 2020 garantimos que a etapa diagnóstica seja realizada por completo, desde o teste da orelhinha/reteste, até a realização do BERA/PEATE, em sono natural e com sedação”, enfatiza Janice. O fonoaudiólogo também observa se as crianças estão conseguindo mamar e comer, visando o peso necessário para as etapas cirúrgicas.

A Odontologia e a Fonoaudiologia são algumas das profissões que atendem o paciente fissurado desde o nascimento até a alta hospitalar, acompanhando intervenções pontuais em partes do processo realizado pela Cirurgia Plástica e outras especialidades, conforme cada caso.

DOIT-HIJG

Para complementar recursos financeiros ao serviço Joaninha, a equipe do HIJG, por meio de assinatura de Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), criou há três anos uma entidade sem fins lucrativos chamada DO IT-HIJG (Deformities Orofacial Institute).
O objetivo da entidade, cujo diretor é o ortodontista Lucas Cardinal, é diagnosticar e tratar gratuitamente pacientes com fissura labiopalatal, displasia cleidocraniana, displasia ectodérmica, microssomia hemifacial, síndrome de Teacher Colllins, sequência de Pierre Robin, síndrome de Apert, síndrome de Goldenhar, entre outras abrangidas pelo Joaninha.
A entidade adquiriu recentemente uma impressora 3D para trabalhar com mais acuidade as deformidades craniofaciais.

Da Arlelp ao Joaninha

O serviço Joaninha é fruto de um trabalho que começou há pelo menos 30 anos no HIJG, desde o início dos anos 1990 e de forma mais organizada através da Associação para Recuperação das Lesões Labiopalatais (Arlelp), uma entidade sem fins lucrativos.
O setor de Cirurgia Pediátrica era o responsável pela correção das deformidades labiopalatais e a pessoa destacada para assumir o serviço foi o médico cirurgião-pediátrico Maurício José Lopes Pereima, que se tornou o chefe do Serviço de Fissurados do HIJG.
Mais tarde, o núcleo de Cirurgia Plástica foi naturalmente assumindo o atendimento aos pacientes fissurados. Na época existiam cirurgiões credenciados, sendo Dr. João Francisco do Vale Pereira (Xanico) um dos primeiros e, mais tarde, o Dr. Rogério Gomes. Esse último assumiu o comando da Arlelp, constituída também pelos médicos Rodrigo D'eca Neves e Arno Locks e o odontólogo Nivaldo Nuernberg. A entidade também contava com dentistas, advogados, administradores e pais de crianças fissuradas. A enfermeira-chefe do Setor de Ambulatório do HIJG, Clarice Raquel Mendes Sielski, foi responsável pela organização do fluxo de pacientes.
Os médicos Maurício Pereima e Rogério Gomes operaram as crianças com fissuras labiopalatais por muitos anos, mas faltava uma equipe de Odontologia e, dentro da Odontologia, a especialidade Bucomaxilofacial, para fazer enxertia óssea.
Ao chegar ao HIJG em 2003, o cirurgião dentista Levy Hermes Rau agregou o serviço de Bucomaxilofacial e, junto com Pereima e Gomes, operava os casos que vinham da Ortodontia do antigo Centro de Apoio ao Paciente com Deformidade (Capadef) do curso de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), hoje Núcleo de Atendimento a Pacientes com Deformidade Facial (Napadf). Para se especializar na área, Levy Rau fez formação em fissura labiopalatal no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), em Bauru/SP.

Comitê de ética em pesquisas presta contas das atividades

O Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEP) do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) manteve os trabalhos normalmente em 2020 mesmo com o advento da pandemia da Covid-19, quando diversas instituições de ensino reduziram atividades. O CEP-HIJG continuou realizando as reuniões extraordinárias, em consonância com o comunicado da CONEP-SEI/MS-0014765796, referente à celeridade na tramitação dos projetos sobre Covid-19. Assim, em 2020 foram realizadas 13 reuniões, cadastrados 50 novos protocolos de pesquisa e emitidos 147 Pareceres Consubstanciados. O comitê também realizou 523 atendimentos aos pesquisadores.

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O CEP-HIJG é uma instância colegiada que avalia a eticidade das pesquisas envolvendo seres humanos desenvolvidas no hospital, principalmente a interconexão entre o pesquisador e o participante de pesquisa. O comitê tem como missão “salvaguardar os direitos e a dignidade dos participantes de pesquisa e contribuir com o desenvolvimento institucional, pela qualidade e relevância social das atividades investigativas e valorização dos investigadores”. Essa função de proteção é exercida mediante a avaliação ética dos protocolos de pesquisa, seguindo as normativas nacionais e internacionais que regem a eticidade das pesquisas envolvendo seres humanos, e visa coibir abusos e promover o conhecimento.

Esse comitê também é a instância apropriada para recebimento e avaliação de denúncias de desvios éticos na condução de pesquisas com crianças, adolescentes e adultos realizadas no hospital. O CEP-HIJG foi criado em 1º de dezembro de 2004, sob Ordem de Serviço n. 012/2004, tendo seu Registro aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde / Ministério da Saúde (CONEP/CNS/MS), conforme Carta Circular nº 168 CONEP/CNS/MS de 7 de março de 2005. Para conhecer os projetos de pesquisa aprovados em 2020 pelo CEP-HIJG, clique aqui! 

Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil é lembrado no HIJG

Referência no Estado no tratamento de câncer infantojuvenil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) lembra neste 15 de fevereiro o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. A unidade de Oncologia realizou em 2020 um total de 318 internações, com uma taxa de ocupação de 55,77% e média diária de 7,8 pacientes. O ambulatório da Oncologia é onde a criança passa pela consulta médica e recebe as medicações com as enfermeiras. Em 2020 o ambulatório registrou uma média mensal de 795 consultas e um total de 3.041 quimioterapias.

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O HIJG atende em média de 80 a 100 novos pacientes oncológicos por ano, vindos de todas as regiões de Santa Catarina. Nos últimos cinco anos, a sobrevida dos pacientes tratados no Joana de Gusmão foi de 87%. No último Registro Hospitalar de Câncer divulgado pelo hospital, referente a dados de 2014 a 2018, verificou-se que a maior parte dos óbitos aconteceu entre as crianças que começaram o tratamento estando a doença mais avançada. “A criança chegando mais cedo no serviço especializado em oncologia pediátrica tem a chance de melhor resposta ao tratamento, menor intensificação da quimioterapia, menor morbidade e, consequentemente, maiores chances de cura”, enfatiza a chefe do serviço de Oncologia, a médica Tatiana El-Jaick Bonifacio Costa.

O pequeno Pedro Henrique Partala Barcelos, de 3 anos, é uma das crianças que teve a vantagem de receber o diagnóstico precocemente. Os pais Maria Eduarda Partala e Diego Barcelos descobriram a leucemia mieloide aguda do filho há seis meses e durante todo esse tempo ele tem sido tratado no Infantil. A família vem de Rio do Sul, a três horas e meia de distância de Florianópolis, e consegue hospedagem na Casa de Apoio Vovó Gertrudes. “Descobrimos a doença porque ele parou de comer. Achávamos que era dor de garganta, então levamos na UPA da cidade e ele foi medicado com amoxicilina por três dias, mas não melhorou. Voltei na UPA porque ele só dormia, não queria comer e não brincava. Chegando lá a médica pediu exame de sangue e descobriu anemia alta e plaquetas baixas”, conta a mãe. O câncer foi descoberto num sábado, no domingo a família foi para o Hospital Regional Alto Vale e, em seguida, encaminhada para o HIJG.

Além do câncer, Pedro Henrique tem síndrome de Down, o que requer ainda mais cuidados. A preocupação, entretanto, é amenizada pelo carinho recebido dos profissionais do hospital. “Não tenho palavras para descrever o atendimento no Hospital Infantil Joana de Gusmão. É mais que uma família. Os profissionais do setor de Oncologia tratam os nossos filhos como se fossem filhos deles. Não tenho mesmo palavras para agradecer, tanto a unidade, quanto o ambulatório”, enfatiza Maria Eduarda, que aconselha às famílias que levem os filhos regularmente ao pediatra. “Toda criança merece um pediatra mensalmente, mesmo que não esteja com dor, para descobrir cedo caso haja alguma doença. Desejo força e fé para aqueles que estão começando essa batalha”, enfatiza a mãe.

mapacancerA chefe do serviço de Oncologia do HIJG lembra que o câncer infantil representa a principal causa de mortalidade por doença em crianças e adolescentes, tanto no Brasil, quanto em países desenvolvidos. Por isso, a importância de alertar para o diagnóstico precoce. “O serviço de Oncologia do HIJG vem trabalhando nessa divulgação, realizando jornadas de Oncohematologia a cada dois anos, com o objetivo de abranger e informar pediatras, residentes em pediatria, alunos de faculdades de medicina e trabalhadores na área de Saúde que acompanham o paciente pediátrico”, explica Dra. Tatiana.
Os sintomas do câncer infantojuvenil muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças, como palidez, manchas roxas, dor na perna, caroços e inchaços indolores, perda de peso inexplicável, aumento da barriga, dor de cabeça e sonolência.

Maxiliano de Oliveira assume a direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão

maxilianoO Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, referência estadual no atendimento de média e alta complexidade a crianças e adolescentes, está sob nova direção. Maxiliano de Oliveira assumiu a função e agregará à instituição a experiência de gestão de sete anos como secretário Municipal de Saúde de Nova Trento (2013 a 2020), onde, entre outras melhorias na saúde pública da cidade, contribuiu com a estruturação do Hospital Imaculada Conceição. A unidade hospitalar tem parceria com o governo estadual no atendimento à população da região pelo SUS.
        No HIJG, o novo diretor diz que vem para somar aos demais profissionais para que a gestão pública seja ainda mais eficiente. “As dificuldades têm de ser encaradas e nós estamos aqui para resolver os problemas. Como um corpo unido e forte, teremos total condição de seguir à frente e ter sucesso. Ao melhorar a qualidade de trabalho dos colaboradores e zelar pela instituição, teremos resultados positivos para os nossos pacientes”, destaca.
        A carreira de Maxiliano de Oliveira no serviço público iniciou na função de farmacêutico na Secretaria Municipal de Saúde de Nova Trento, de 2009 a 2012, e a última experiência do gestor antes de assumir no HIJG foi a chefia de gabinete da Prefeitura de São João Batista, exercida desde o início de 2021.
        Em 2019, Oliveira também acumulou o cargo de presidente da Comissão Intergestores (CIR) dos secretários de Saúde da Grande Florianópolis e, anos antes, de 2014 a 2015, foi vice-coordenador da comissão.

Profissionais do HIJG recebem vacina contra a Covid-19

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Os profissionais do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) que atuam na linha de frente do enfrentamento à pandemia da Covid-19 começaram a ser imunizados nesta quarta-feira, 20. A técnica de Enfermagem, Suzete Francisco Silveira da Conceição, de 51 anos, foi a primeira a receber a dose da vacina. Suzete trabalha na UTI Geral e ficou emocionada. “Trabalhamos por meses de frente para o inimigo, que é o vírus, e isso gerou muita insegurança. Depois de tudo que passamos no último ano, ser vacinada é um sonho, pois não temos mais vida social. A esperança agora é que essa realidade mude”, comemorou a profissional.
         Quem aplica a vacina também já está vacinado. A técnica de Enfermagem, Marcia Rodrigues Rodrigues, e a enfermeira Lori Inez Costa ficaram responsáveis pelo trabalho de imunização dos colegas na quarta-feira e imunizaram uma à outra.

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Farmácia do HIJG comemora avanços de 2020

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Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico contribui com a rastreabilidade dos medicamentos e insumos, segurança e controle de processos. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

Farmácia do HIJG comemora avanços de 2020

No ano, o hospital infantil de Florianópolis implantou a Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico e concluiu a reforma e ampliação da central

A Farmácia do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), setor responsável por fornecer medicamentos e insumos para todas as unidades da instituição, obteve avanços significativos em 2020. A primeira conquista foi a reinauguração em 1º de junho da Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico (CC), que estava desativada há mais de três anos. Conforme o chefe do setor, Iberê Pinheiro do Monte, houve importante aproximação entre Farmácia, Almoxarifado, Manutenção, Informática e Centro Cirúrgico, todos supervisionados pelo gerente de Administração, Leonardo de Sousa Valverde. “Após algumas reuniões, revisões de projeto e contratações de pessoal, conseguimos concretizar o sonho da Farmácia Satélite do CC, que hoje é uma  referência no Estado de Santa Catarina em controle e segurança do paciente quanto ao uso de medicamentos. Isso se deve, principalmente, à sinergia e ao envolvimento de todos”, enfatiza Do Monte.

Atualmente, a farmácia satélite possui sete servidores e tem capacidade plena de atendimento para até 40 cirurgias por dia, com um modelo de gestão baseada na rastreabilidade, segurança e controle de processos.

Logística da central

Ainda em 2020, o setor concluiu o processo de reforma e ampliação da área física da central, que conta agora com um espaço amplo e mobiliado de 90 metros quadrados. A equipe de farmacêuticos e técnicos administrativos reestruturou a logística do setor, com mudanças no armazenamento e distribuição (CAF) e utilização de ferramentas gerenciais como Kanban, 5S e Huddle. “No geral, a Farmácia Central ficou mais bonita e organizada, pois os fluxos de trabalho se tornaram mais dinâmicos e o conforto ocupacional dos servidores bem mais evidente”, observa Do Monte, dizendo que tudo isso contribui para que a Farmácia tenha um índice baixíssimo de afastamento de servidores.

Planos para 2021

As perspectivas de crescimento continuam para 2021. Entre os planos está a implantação da Farmácia Satélite da UTI, serviço de Farmácia Clínica e uma Central de Diluição. “O setor aprimora as rotinas para melhor atender as demandas dos pacientes pediátricos. Certamente, num futuro breve, entraremos numa fase de emissão de certificações e premiações”, projeta o chefe da Farmácia, designado para a coordenação do serviço pelo então diretor-geral do hospital, Flamarion da Silva Lucas.

Ao todo, quase 30 servidores integram o setor de Farmácia do HIJG, incluindo os que ficam na central, na satélite do Centro Cirúrgico, no Hospital Dia e no setor de Quimioterapia.

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Farmácia central foi reformada e ampliada, melhorando a logística no setor. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

HIJG habilita 12 leitos de UTI no Ministério da Saúde

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A UTI Geral presta assistência ao paciente de alto risco em todas as especialidades médicas. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) conquistou no Ministério da Saúde (MS) nesta segunda-feira, 22, a habilitação de mais 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica Tipo II. Isso representa um incremento anual de R$ 1.677.434,88 em verbas federais para manutenção desses leitos, que estavam sendo custeados integralmente pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC).
Agora são 20 leitos de UTI Pediátrica Tipo II habilitados no hospital infantil de Florianópolis pelo MS. “Buscamos esse credenciamento desde 2018 e fechar o ano com a publicação da portaria é uma ótima notícia para todos do HIJG e para as crianças que necessitam do serviço”, comemora o gerente de Administração do hospital, Leonardo de Sousa Valverde.
A Portaria nº 3.606 estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo de Atenção Especializada, a ser incorporado ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) do Estado de Santa Catarina.

HIJG é referência nacional em Distração Osteogênica

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Hospital infantil de Florianópolis realiza a técnica desde 2006. Paciente mais recente é uma adolescente com Síndrome de Apert

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) é referência nacional, desde 2006, em Distração Osteogênica, técnica utilizada para ganho de tecido ósseo e mole em cirurgia de face. O método vem sendo utilizado por cirurgiões bucomaxilofaciais e cirurgiões plásticos craniomaxilofaciais para reconstrução de maxilares e de face.

A paciente mais recente a passar pelo procedimento é uma adolescente de 13 anos, que ficou em cirurgia das 8h às 21h na última quinta-feira, 10, e continua internada no hospital com evolução considerada excelente. A menina tem Síndrome de Apert, doença genética extremamente rara causada por uma mutação em um único gene e caracterizada por anomalia craniofacial. Foram 48 horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os distratores instalados serão ativados entre cinco e sete dias, iniciando a movimentação do osso.

A cirurgia foi executada pelas equipes de Cirurgia Plástica, Neurocirurgia e Bucomaxilofacial, composta pelos médicos Luis Gustavo F. da Silva (cirurgia craniomaxilofacial), Melina Moré (neurocirurgia) e Marcos Felippe Takano Saidneuy (anestesiologia), além do cirurgião bucomaxilofacial Levy Rau. “A parceria das equipes médicas e odontológicas no HIJG está cada vez mais eficaz. Estamos orgulhosos e gratos pela oportunidade de realizar uma cirurgia de tamanha complexidade. A perseverança da família desta adolescente na busca do tratamento e por acreditar em nossas mãos deve ser lembrada”, destaca Dr. Levy.

Ainda segundo o cirurgião bucomaxilofacial, a Distração Osteogênica é o ápice no que se refere à correção de deformidade esqueletal facial, porque permite uma evolução progressiva do maxilar. “A criança está em desenvolvimento, então corrigimos osso, nervo, pele, mucosa e ligamentos”, observa.
O atendimento é via Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível às crianças catarinenses.

HIJG realiza cirurgia inédita em tumor ósseo com nitrogênio líquido

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Técnica recente no Brasil foi utilizada para matar células tumorais do fêmur de paciente de 11 anos, moradora de Urussanga, em procedimento que durou 12 horas


O Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, liderado pelo médico André Luís Fernandes Andújar, realizou nesta segunda-feira, 7, cirurgia inédita com a utilização de nitrogênio líquido para congelamento de células vivas de tumor ósseo.
A paciente, Eduarda Saturno Pessi, de 11 anos, moradora de Urussanga, no Sul do Estado, descobriu em junho um Sarcoma de Ewing – tumor maligno que ocorre predominantemente em ossos – no fêmur direito (osso da coxa). Desde então, está em tratamento com quimioterapia em Criciúma, mas precisou ser encaminhada para o HIJG ainda em junho para biópsia e, agora, para cirurgia de ressecção do tumor.
Conforme Andújar, normalmente nesses casos, após a ressecção, é necessário substituir o osso por outro, como o da fíbula, de enxerto de Banco de Ossos ou uma prótese. “Já a técnica de mergulhar o osso em nitrogênio líquido é uma solução biológica, pois mantém o osso do próprio paciente, com menos chance de complicações. Há uma série de benefícios”, ressalta.
A cirurgia, que durou 12 horas, consistiu num acesso lateral na coxa da paciente para ressecção do tumor, que inclui toda a parte central (diáfise) do osso da coxa. Em seguida, o segmento femoral retirado foi mergulhado em um recipiente com nitrogênio líquido, onde permaneceu por 20 minutos a 196ºC negativos. Com as baixas temperaturas, as células tumorais morrem e assim o osso pode ser devolvido à coxa e fixado com placas e parafusos.
O ortopedista Mario Cavalcanti de Albuquerque, especialista em Oncologia Ortopédica, que foi residente de Ortopedia no HIJG e participou voluntariamente do procedimento desta segunda-feira, foi quem trouxe ao hospital a técnica ainda inédita em Santa Catarina. Albuquerque explica que a técnica biológica é sempre a ideal, principalmente no caso de crianças, pois os ossos ainda estão em crescimento. “No caso da Eduarda, foi possível preservar a articulação do quadril. O osso doente foi cortado logo abaixo da articulação, evitando que a mesma fosse comprometida, o que poderia trazer problemas futuros para a paciente”, observa o médico.
Participaram ainda do procedimento o especialista em tumores ósseos do HIJG, Mário C. Kormann; o ortopedista pediátrico Rodrigo S. Grandini; a médica residente de Ortopedia Pediátrica do HIJG, Marthina Alice Gressler; o médico residente de Ortopedia e Traumatologia, Tieslivi da S. Vieira; as instrumentadoras Mariana Bonenberger e Madalena de Toledo; os circulantes de sala Soeli S. Proencio, Dieggo O. da Silveira e Roseli A. Neubuser; o anestesista Marcelo Souza Cruz e o residente de Anestesiologia, Mauricio Collet Romanini.
O HIJG é um dos hospitais da rede pública da Secretaria de Estado da Saúde do Governo de Santa Catarina.

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