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Comitê de ética em pesquisas presta contas das atividades

O Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEP) do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) manteve os trabalhos normalmente em 2020 mesmo com o advento da pandemia da Covid-19, quando diversas instituições de ensino reduziram atividades. O CEP-HIJG continuou realizando as reuniões extraordinárias, em consonância com o comunicado da CONEP-SEI/MS-0014765796, referente à celeridade na tramitação dos projetos sobre Covid-19. Assim, em 2020 foram realizadas 13 reuniões, cadastrados 50 novos protocolos de pesquisa e emitidos 147 Pareceres Consubstanciados. O comitê também realizou 523 atendimentos aos pesquisadores.

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O CEP-HIJG é uma instância colegiada que avalia a eticidade das pesquisas envolvendo seres humanos desenvolvidas no hospital, principalmente a interconexão entre o pesquisador e o participante de pesquisa. O comitê tem como missão “salvaguardar os direitos e a dignidade dos participantes de pesquisa e contribuir com o desenvolvimento institucional, pela qualidade e relevância social das atividades investigativas e valorização dos investigadores”. Essa função de proteção é exercida mediante a avaliação ética dos protocolos de pesquisa, seguindo as normativas nacionais e internacionais que regem a eticidade das pesquisas envolvendo seres humanos, e visa coibir abusos e promover o conhecimento.

Esse comitê também é a instância apropriada para recebimento e avaliação de denúncias de desvios éticos na condução de pesquisas com crianças, adolescentes e adultos realizadas no hospital. O CEP-HIJG foi criado em 1º de dezembro de 2004, sob Ordem de Serviço n. 012/2004, tendo seu Registro aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde / Ministério da Saúde (CONEP/CNS/MS), conforme Carta Circular nº 168 CONEP/CNS/MS de 7 de março de 2005. Para conhecer os projetos de pesquisa aprovados em 2020 pelo CEP-HIJG, clique aqui! 

Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil é lembrado no HIJG

Referência no Estado no tratamento de câncer infantojuvenil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) lembra neste 15 de fevereiro o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. A unidade de Oncologia realizou em 2020 um total de 318 internações, com uma taxa de ocupação de 55,77% e média diária de 7,8 pacientes. O ambulatório da Oncologia é onde a criança passa pela consulta médica e recebe as medicações com as enfermeiras. Em 2020 o ambulatório registrou uma média mensal de 795 consultas e um total de 3.041 quimioterapias.

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O HIJG atende em média de 80 a 100 novos pacientes oncológicos por ano, vindos de todas as regiões de Santa Catarina. Nos últimos cinco anos, a sobrevida dos pacientes tratados no Joana de Gusmão foi de 87%. No último Registro Hospitalar de Câncer divulgado pelo hospital, referente a dados de 2014 a 2018, verificou-se que a maior parte dos óbitos aconteceu entre as crianças que começaram o tratamento estando a doença mais avançada. “A criança chegando mais cedo no serviço especializado em oncologia pediátrica tem a chance de melhor resposta ao tratamento, menor intensificação da quimioterapia, menor morbidade e, consequentemente, maiores chances de cura”, enfatiza a chefe do serviço de Oncologia, a médica Tatiana El-Jaick Bonifacio Costa.

O pequeno Pedro Henrique Partala Barcelos, de 3 anos, é uma das crianças que teve a vantagem de receber o diagnóstico precocemente. Os pais Maria Eduarda Partala e Diego Barcelos descobriram a leucemia mieloide aguda do filho há seis meses e durante todo esse tempo ele tem sido tratado no Infantil. A família vem de Rio do Sul, a três horas e meia de distância de Florianópolis, e consegue hospedagem na Casa de Apoio Vovó Gertrudes. “Descobrimos a doença porque ele parou de comer. Achávamos que era dor de garganta, então levamos na UPA da cidade e ele foi medicado com amoxicilina por três dias, mas não melhorou. Voltei na UPA porque ele só dormia, não queria comer e não brincava. Chegando lá a médica pediu exame de sangue e descobriu anemia alta e plaquetas baixas”, conta a mãe. O câncer foi descoberto num sábado, no domingo a família foi para o Hospital Regional Alto Vale e, em seguida, encaminhada para o HIJG.

Além do câncer, Pedro Henrique tem síndrome de Down, o que requer ainda mais cuidados. A preocupação, entretanto, é amenizada pelo carinho recebido dos profissionais do hospital. “Não tenho palavras para descrever o atendimento no Hospital Infantil Joana de Gusmão. É mais que uma família. Os profissionais do setor de Oncologia tratam os nossos filhos como se fossem filhos deles. Não tenho mesmo palavras para agradecer, tanto a unidade, quanto o ambulatório”, enfatiza Maria Eduarda, que aconselha às famílias que levem os filhos regularmente ao pediatra. “Toda criança merece um pediatra mensalmente, mesmo que não esteja com dor, para descobrir cedo caso haja alguma doença. Desejo força e fé para aqueles que estão começando essa batalha”, enfatiza a mãe.

mapacancerA chefe do serviço de Oncologia do HIJG lembra que o câncer infantil representa a principal causa de mortalidade por doença em crianças e adolescentes, tanto no Brasil, quanto em países desenvolvidos. Por isso, a importância de alertar para o diagnóstico precoce. “O serviço de Oncologia do HIJG vem trabalhando nessa divulgação, realizando jornadas de Oncohematologia a cada dois anos, com o objetivo de abranger e informar pediatras, residentes em pediatria, alunos de faculdades de medicina e trabalhadores na área de Saúde que acompanham o paciente pediátrico”, explica Dra. Tatiana.
Os sintomas do câncer infantojuvenil muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças, como palidez, manchas roxas, dor na perna, caroços e inchaços indolores, perda de peso inexplicável, aumento da barriga, dor de cabeça e sonolência.

Maxiliano de Oliveira assume a direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão

maxilianoO Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, referência estadual no atendimento de média e alta complexidade a crianças e adolescentes, está sob nova direção. Maxiliano de Oliveira assumiu a função e agregará à instituição a experiência de gestão de sete anos como secretário Municipal de Saúde de Nova Trento (2013 a 2020), onde, entre outras melhorias na saúde pública da cidade, contribuiu com a estruturação do Hospital Imaculada Conceição. A unidade hospitalar tem parceria com o governo estadual no atendimento à população da região pelo SUS.
        No HIJG, o novo diretor diz que vem para somar aos demais profissionais para que a gestão pública seja ainda mais eficiente. “As dificuldades têm de ser encaradas e nós estamos aqui para resolver os problemas. Como um corpo unido e forte, teremos total condição de seguir à frente e ter sucesso. Ao melhorar a qualidade de trabalho dos colaboradores e zelar pela instituição, teremos resultados positivos para os nossos pacientes”, destaca.
        A carreira de Maxiliano de Oliveira no serviço público iniciou na função de farmacêutico na Secretaria Municipal de Saúde de Nova Trento, de 2009 a 2012, e a última experiência do gestor antes de assumir no HIJG foi a chefia de gabinete da Prefeitura de São João Batista, exercida desde o início de 2021.
        Em 2019, Oliveira também acumulou o cargo de presidente da Comissão Intergestores (CIR) dos secretários de Saúde da Grande Florianópolis e, anos antes, de 2014 a 2015, foi vice-coordenador da comissão.

Profissionais do HIJG recebem vacina contra a Covid-19

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Os profissionais do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) que atuam na linha de frente do enfrentamento à pandemia da Covid-19 começaram a ser imunizados nesta quarta-feira, 20. A técnica de Enfermagem, Suzete Francisco Silveira da Conceição, de 51 anos, foi a primeira a receber a dose da vacina. Suzete trabalha na UTI Geral e ficou emocionada. “Trabalhamos por meses de frente para o inimigo, que é o vírus, e isso gerou muita insegurança. Depois de tudo que passamos no último ano, ser vacinada é um sonho, pois não temos mais vida social. A esperança agora é que essa realidade mude”, comemorou a profissional.
         Quem aplica a vacina também já está vacinado. A técnica de Enfermagem, Marcia Rodrigues Rodrigues, e a enfermeira Lori Inez Costa ficaram responsáveis pelo trabalho de imunização dos colegas na quarta-feira e imunizaram uma à outra.

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Farmácia do HIJG comemora avanços de 2020

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Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico contribui com a rastreabilidade dos medicamentos e insumos, segurança e controle de processos. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

Farmácia do HIJG comemora avanços de 2020

No ano, o hospital infantil de Florianópolis implantou a Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico e concluiu a reforma e ampliação da central

A Farmácia do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), setor responsável por fornecer medicamentos e insumos para todas as unidades da instituição, obteve avanços significativos em 2020. A primeira conquista foi a reinauguração em 1º de junho da Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico (CC), que estava desativada há mais de três anos. Conforme o chefe do setor, Iberê Pinheiro do Monte, houve importante aproximação entre Farmácia, Almoxarifado, Manutenção, Informática e Centro Cirúrgico, todos supervisionados pelo gerente de Administração, Leonardo de Sousa Valverde. “Após algumas reuniões, revisões de projeto e contratações de pessoal, conseguimos concretizar o sonho da Farmácia Satélite do CC, que hoje é uma  referência no Estado de Santa Catarina em controle e segurança do paciente quanto ao uso de medicamentos. Isso se deve, principalmente, à sinergia e ao envolvimento de todos”, enfatiza Do Monte.

Atualmente, a farmácia satélite possui sete servidores e tem capacidade plena de atendimento para até 40 cirurgias por dia, com um modelo de gestão baseada na rastreabilidade, segurança e controle de processos.

Logística da central

Ainda em 2020, o setor concluiu o processo de reforma e ampliação da área física da central, que conta agora com um espaço amplo e mobiliado de 90 metros quadrados. A equipe de farmacêuticos e técnicos administrativos reestruturou a logística do setor, com mudanças no armazenamento e distribuição (CAF) e utilização de ferramentas gerenciais como Kanban, 5S e Huddle. “No geral, a Farmácia Central ficou mais bonita e organizada, pois os fluxos de trabalho se tornaram mais dinâmicos e o conforto ocupacional dos servidores bem mais evidente”, observa Do Monte, dizendo que tudo isso contribui para que a Farmácia tenha um índice baixíssimo de afastamento de servidores.

Planos para 2021

As perspectivas de crescimento continuam para 2021. Entre os planos está a implantação da Farmácia Satélite da UTI, serviço de Farmácia Clínica e uma Central de Diluição. “O setor aprimora as rotinas para melhor atender as demandas dos pacientes pediátricos. Certamente, num futuro breve, entraremos numa fase de emissão de certificações e premiações”, projeta o chefe da Farmácia, designado para a coordenação do serviço pelo então diretor-geral do hospital, Flamarion da Silva Lucas.

Ao todo, quase 30 servidores integram o setor de Farmácia do HIJG, incluindo os que ficam na central, na satélite do Centro Cirúrgico, no Hospital Dia e no setor de Quimioterapia.

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Farmácia central foi reformada e ampliada, melhorando a logística no setor. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

HIJG habilita 12 leitos de UTI no Ministério da Saúde

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A UTI Geral presta assistência ao paciente de alto risco em todas as especialidades médicas. (Foto: Bruna Borges/HIJG)

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) conquistou no Ministério da Saúde (MS) nesta segunda-feira, 22, a habilitação de mais 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica Tipo II. Isso representa um incremento anual de R$ 1.677.434,88 em verbas federais para manutenção desses leitos, que estavam sendo custeados integralmente pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC).
Agora são 20 leitos de UTI Pediátrica Tipo II habilitados no hospital infantil de Florianópolis pelo MS. “Buscamos esse credenciamento desde 2018 e fechar o ano com a publicação da portaria é uma ótima notícia para todos do HIJG e para as crianças que necessitam do serviço”, comemora o gerente de Administração do hospital, Leonardo de Sousa Valverde.
A Portaria nº 3.606 estabelece recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo de Atenção Especializada, a ser incorporado ao limite financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC) do Estado de Santa Catarina.

HIJG é referência nacional em Distração Osteogênica

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Hospital infantil de Florianópolis realiza a técnica desde 2006. Paciente mais recente é uma adolescente com Síndrome de Apert

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) é referência nacional, desde 2006, em Distração Osteogênica, técnica utilizada para ganho de tecido ósseo e mole em cirurgia de face. O método vem sendo utilizado por cirurgiões bucomaxilofaciais e cirurgiões plásticos craniomaxilofaciais para reconstrução de maxilares e de face.

A paciente mais recente a passar pelo procedimento é uma adolescente de 13 anos, que ficou em cirurgia das 8h às 21h na última quinta-feira, 10, e continua internada no hospital com evolução considerada excelente. A menina tem Síndrome de Apert, doença genética extremamente rara causada por uma mutação em um único gene e caracterizada por anomalia craniofacial. Foram 48 horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e os distratores instalados serão ativados entre cinco e sete dias, iniciando a movimentação do osso.

A cirurgia foi executada pelas equipes de Cirurgia Plástica, Neurocirurgia e Bucomaxilofacial, composta pelos médicos Luis Gustavo F. da Silva (cirurgia craniomaxilofacial), Melina Moré (neurocirurgia) e Marcos Felippe Takano Saidneuy (anestesiologia), além do cirurgião bucomaxilofacial Levy Rau. “A parceria das equipes médicas e odontológicas no HIJG está cada vez mais eficaz. Estamos orgulhosos e gratos pela oportunidade de realizar uma cirurgia de tamanha complexidade. A perseverança da família desta adolescente na busca do tratamento e por acreditar em nossas mãos deve ser lembrada”, destaca Dr. Levy.

Ainda segundo o cirurgião bucomaxilofacial, a Distração Osteogênica é o ápice no que se refere à correção de deformidade esqueletal facial, porque permite uma evolução progressiva do maxilar. “A criança está em desenvolvimento, então corrigimos osso, nervo, pele, mucosa e ligamentos”, observa.
O atendimento é via Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível às crianças catarinenses.

HIJG realiza cirurgia inédita em tumor ósseo com nitrogênio líquido

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Técnica recente no Brasil foi utilizada para matar células tumorais do fêmur de paciente de 11 anos, moradora de Urussanga, em procedimento que durou 12 horas


O Serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, liderado pelo médico André Luís Fernandes Andújar, realizou nesta segunda-feira, 7, cirurgia inédita com a utilização de nitrogênio líquido para congelamento de células vivas de tumor ósseo.
A paciente, Eduarda Saturno Pessi, de 11 anos, moradora de Urussanga, no Sul do Estado, descobriu em junho um Sarcoma de Ewing – tumor maligno que ocorre predominantemente em ossos – no fêmur direito (osso da coxa). Desde então, está em tratamento com quimioterapia em Criciúma, mas precisou ser encaminhada para o HIJG ainda em junho para biópsia e, agora, para cirurgia de ressecção do tumor.
Conforme Andújar, normalmente nesses casos, após a ressecção, é necessário substituir o osso por outro, como o da fíbula, de enxerto de Banco de Ossos ou uma prótese. “Já a técnica de mergulhar o osso em nitrogênio líquido é uma solução biológica, pois mantém o osso do próprio paciente, com menos chance de complicações. Há uma série de benefícios”, ressalta.
A cirurgia, que durou 12 horas, consistiu num acesso lateral na coxa da paciente para ressecção do tumor, que inclui toda a parte central (diáfise) do osso da coxa. Em seguida, o segmento femoral retirado foi mergulhado em um recipiente com nitrogênio líquido, onde permaneceu por 20 minutos a 196ºC negativos. Com as baixas temperaturas, as células tumorais morrem e assim o osso pode ser devolvido à coxa e fixado com placas e parafusos.
O ortopedista Mario Cavalcanti de Albuquerque, especialista em Oncologia Ortopédica, que foi residente de Ortopedia no HIJG e participou voluntariamente do procedimento desta segunda-feira, foi quem trouxe ao hospital a técnica ainda inédita em Santa Catarina. Albuquerque explica que a técnica biológica é sempre a ideal, principalmente no caso de crianças, pois os ossos ainda estão em crescimento. “No caso da Eduarda, foi possível preservar a articulação do quadril. O osso doente foi cortado logo abaixo da articulação, evitando que a mesma fosse comprometida, o que poderia trazer problemas futuros para a paciente”, observa o médico.
Participaram ainda do procedimento o especialista em tumores ósseos do HIJG, Mário C. Kormann; o ortopedista pediátrico Rodrigo S. Grandini; a médica residente de Ortopedia Pediátrica do HIJG, Marthina Alice Gressler; o médico residente de Ortopedia e Traumatologia, Tieslivi da S. Vieira; as instrumentadoras Mariana Bonenberger e Madalena de Toledo; os circulantes de sala Soeli S. Proencio, Dieggo O. da Silveira e Roseli A. Neubuser; o anestesista Marcelo Souza Cruz e o residente de Anestesiologia, Mauricio Collet Romanini.
O HIJG é um dos hospitais da rede pública da Secretaria de Estado da Saúde do Governo de Santa Catarina.

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Esforço conjunto possibilita avaliação auditiva completa no HIJG

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Mobilização iniciada com show beneficente em 2019 resulta em dois aparelhos para exame de PEATE e devolução do equipamento emprestado do HU

O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), que até ano passado não oferecia exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), agora conta com dois equipamentos e já atendeu mais de 160 crianças. O exame também é popularmente conhecido como BERA, que é a sigla em inglês. Com esse exame é possível detectar e diagnosticar perdas auditivas e assim possibilitar precocemente a reabilitação, trazendo importantes benefícios à criança e à família.

Conforme a fonoaudióloga Janice Westphal Román Nappi, o PEATE faz parte de uma etapa conclusiva dentro do bloco de avaliações auditivas, fechando diagnóstico e indicando um caminho a seguir. “A grande vantagem do PEATE é que ele não depende da resposta do paciente para que se consiga fechar o diagnóstico auditivo. Exames assim são fundamentais na população pediátrica, já que muitas não colaboram para uma avaliação comportamental, assim como os recém-nascidos que também precisam de diagnóstico audiológico completo”, explica.

Alguns pacientes conseguem passar pelo exame em sono natural, mas outros precisam da sedação no Centro Cirúrgico. “Essa era uma das nossas maiores demandas. Nós, profissionais da Fonoaudiologia, e os de Otorrinolaringologia lutamos para que a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) tivesse esse equipamento, porque o exame não estava no Sistema Único de Saúde (SUS), e muitas famílias não poderiam pagar. Com sedação torna-se de alto custo. Acreditávamos que o HIJG possuía toda a estrutura necessária e poderia ser referência no serviço, porque temos o Centro Cirúrgico, o médico, o anestesista, o fonoaudiólogo, enfim, só faltava o equipamento”, salienta a fonoaudióloga.

 

Um show de solidariedade

A primeira iniciativa dos profissionais do hospital para conquistar o PEATE foi promover o show beneficente Sons do Coração, realizado em 9 de abril de 2019 no Centro Integrado de Cultura (CIC) e que mobilizou músicos, vozes e sociedade civil organizada em prol de arrecadação de recursos para o setor de Fonoaudiologia do HIJG. Janice lembra que durante o show o então secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, se comprometeu em adquirir o equipamento por meio da SES. “Na época ele orientou que usássemos o recurso arrecadado no show para adquirir e consertar outros aparelhos do setor, e assim fizemos”, relata.

Parte da verba do show foi destinada para novos equipamentos, como audiômetro e imitanciômetro, e a outra parte para consertar um PEATE emprestado pelo Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU). O diretor-geral do HIJG, Flamarion da Silva Lucas, entrou em contato com a direção do HU em outubro de 2019 e propôs o empréstimo por um ano. A equipe do HU achava que o equipamento não estava funcionando e o HIJG se propôs a financiar a avaliação e o conserto.

  

Promessa cumprida pela SES/SC

Nesse meio tempo, com o PEATE do HU já em funcionamento, o Hospital Infantil teve outra oportunidade de adquirir o equipamento, através de verba do Ministério Público do Trabalho (MPT). A solicitação foi atendida e o aparelho chegou em fevereiro de 2020. O outro PEATE que estava em processo de aquisição pela SES/SC chegou em agosto. Assim, em outubro deste ano, findado o período do empréstimo, o Hospital Infantil devolveu o equipamento para o HU. “Com muita satisfação podemos devolver o equipamento ao Serviço de Fonoaudiologia do HU, estando este calibrado e pronto para uso em seus próprios pacientes”, enfatiza Janice.

  

Vagas abertas para consultas

O HIJG oferece vagas pelo Sistema de Regulação (SISREG) desde dezembro de 2019 para crianças que necessitem passar pelo PEATE/BERA. Três fonoaudiólogas estão capacitadas para fazer o exame. “O Hospital Infantil Joana de Gusmão, alinhado às necessidades da sociedade catarinense, oferece o exame de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico. Isso foi mais uma ação conjunta da nossa equipe multidisciplinar, e quem sai ganhando é a sociedade de Santa Catarina e o futuro cidadão. Parabéns a todos os envolvidos”, comemora o diretor-geral Flamarion da Silva Lucas.

Atendimento escolar no Hospital Infantil é adaptado durante a pandemia

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Sem atendimento na sala de estudos, crianças e adolescentes recebem as atividades no leito. Foto: Bruna Borges/HIJG

Crianças e adolescentes matriculados na rede estadual de ensino e internados no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) estão recebendo no leito as atividades para que continuem os estudos durante a pandemia da Covid-19. A diferença no trabalho de atendimento escolar, existente há 21 anos no hospital, é que agora os alunos não podem se reunir na sala de estudos localizada no setor de Pedagogia. Assim, as quatro professoras cedidas pela Secretaria de Estado da Educação (SED) se revezam na entrega das atividades, de segunda-feira à quinta-feira.
A coordenadora pedagógica do HIJG, Cláudia Mattos Silva, lembra que as escolas estaduais estão oferecendo atendimento remoto a todos os alunos e, para os internados em hospital, foi necessária a adaptação. “O setor de Pedagogia Hospitalar faz a listagem dos pacientes escolares matriculados. São atendidos, em média, 12 alunos por dia. As atividades são entregues no leito, ensacadas em plásticos higienizados. Depois a professora retorna e recolhe”, explica Cláudia.
Os pacientes com doenças crônicas são os que permanecem mais tempo no hospital. “O fato de terem essa referência de escola, enquanto internados, mesmo em época de pandemia, beneficia bastante o processo de aprendizagem e, com efeito, ameniza a hospitalização. Partimos da premissa de que eles não percam a essência de serem crianças dentro do hospital e que não percam também a vivência escolar, que é muito importante na vida deles e que, infelizmente, nesse período, teve uma ruptura”, analisa a coordenadora pedagógica.

Mudança na rotina

O momento de deixar o leito para ir para a sala de estudos, que fazia parte da rotina de muitos pacientes do HIJG, proporcionava descontração e vínculo com colegas e professores. Para uma das professoras do Atendimento Escolar Hospitalar, Adriane Simão Dresch, a mudança com a pandemia trouxe um desafio, mas que está sendo superado. “É uma experiência nova tanto para nós, quanto para os alunos. Estamos nos reinventando com eles. Antes eles vinham até nós na sala de aula, agora a gente vai até o leito deles. Está sendo uma aprendizagem para ambas as partes. Apesar de sentirmos essa falta do contato por mais tempo com o aluno, está sendo uma experiência boa”, avalia.
Sirlei Fátima Ferreira da Silva Alves, mãe de Jefferson Alves, de 13 anos, internado na Unidade E, considera o trabalho essencial.  “É bom que eles façam os deveres, para não ficarem só deitados e pensando na dor. É ótimo distrair um pouco”, comenta.
Criado em 1999, o serviço de Atendimento Escolar Hospitalar no HIJG é pioneiro no Brasil. São atendidos diariamente alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

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As atividades vêm ensacadas em plásticos higienizados e depois são recolhidas para avaliação. Foto: Bruna Borges/HIJG