Cores, sorrisos e muito samba agitaram a tarde desta quarta-feira, 15, no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.
O tradicional bailinho de Carnaval do Infantil contou mais um ano com o apoio da Escola de Samba União da Ilha da Magia, da Lagoa da Conceição.
Pacientes e seus acompanhantes, chamados pelo batuque que vinha da área de sol, se misturaram às passistas, aos servidores do hospital e às voluntárias da Associação de Voluntários de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente (Avos).
A presidente da Avos, Zélia Maria Silva Rocha, lembra que há mais de 20 anos o evento de Carnaval é realizado no Hospital Infantil. "É um momento de descontração, no qual as crianças esquecem um pouco que estão num hospital em tratamento. Isso faz muita diferença para elas", observa.
Com o rosto pintado pela própria mãe para o momento especial, Kimberly Da Rolt Berto, 7 anos, internada na Unidade D, estava animada e arriscou alguns toques no tamborim. Para a mãe, Jaqueline Da Rolt, o bailinho foi uma boa oportunidade para sair do quarto e vivenciar um momento diferente do que é vivido todos os dias no ambiente hospitalar. "Viemos de Criciúma e estamos há uma semana no hospital. Quando tem uma distração, a gente tem que aproveitar e trazer as crianças. Gostamos muito", elogia.
Cleusa Dias, madrinha do pequeno Elysson Lopes, de 8 anos, internado na Unidade D, ficou emocionada com a ação. "É uma bênção ver essas crianças se divertindo assim. Esse hospital é tudo de bom pelo que oferece para as crianças que, nessas condições, merecem um carinho especial. É de arrepiar ver essa festa", celebra.
Maria de Lurdes Alexandre, integrante da escola de samba, acompanha o grupo no bailinho do HIJG há dois anos e enaltece a ação. "É muito emocionante e gratificante, porque a gente se coloca no lugar de mãe, de vó, de bisavó dessas crianças. Participar dessa ação não tem preço", relata.
Solange Silveira Silva participa da União da Ilha da Magia desde quando era um bloco. Na ala das baianas, ela conta que fazer as crianças sorrirem é "sem palavras".
Conforme a pedagoga hospitalar do HIJG, Jennefer Suellen Carvalho Silva Ramos, as interações proporcionadas pelos eventos são de extrema importância para o tratamento e a recuperação da criança internada. “Esse tipo de interação promove socialização, bem-estar emocional e comunicação entre as crianças, acompanhantes e funcionários. Além disso, tira a criança da sua realidade, onde o foco é a doença e o tratamento, como se por um instante ela deixasse de estar em um hospital”, explica.