O Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, referência em pediatria para o Estado da Santa Catarina pelo Sistema Único de Saúde (SUS), celebra este 21 de março, Dia Nacional e Internacional de Síndrome de Down, reforçando à população a necessidade de acompanhamento da saúde de crianças e adolescentes com a síndrome.
O HIJG conta com uma gama de profissionais especialistas que fizeram, em 2022, um total de 281 atendimentos a esses pacientes, sendo 261 em consultórios do Ambulatório Geral e também na estrutura do Hospital Dia, 5 internações e 15 atendimentos na Emergência.
O Ambulatório de Genética lidera o número de consultas e os médicos pediatras geneticistas são os que têm mais contato com os pacientes com a síndrome, acompanhando o crescimento deles em consultas de rotina e de aconselhamento genético. Foram 63 atendimentos de genética em 2022. Os geneticistas Louise Lapagesse de Camargo Pinto, Alexandre Felicio de Campos e Gisele Rozone de Luca constituem a equipe. Conforme Dra. Gisele, as pessoas com Síndrome de Down são mais suscetíveis a certos problemas de saúde, como malformações cardíacas e do trato gastrointestinal, doença celíaca, problemas de visão e audição, além de chances maiores de desenvolverem diabetes e alterações da tireoide.
Helena Jefferson Telles, 11 anos, tem Síndrome de Down e esteve nesta terça-feira, 21, no ambulatório para consulta com endocrinologista. Segundo a mãe, Fernanda Rolim, a filha tem hipotireoidismo e já fazia acompanhamento da tireoide em São Paulo, onde moravam. Com a mudança recente para Florianópolis, foi encaminhada pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Vargem Grande para o Hospital Infantil, onde recebeu atendimento pela primeira vez. “Acho que a maior ferramenta de apoio que a gente pode ter, quando tem um filho especial, é o conhecimento. A Helena faz de tudo, vai para a escola, tem amigos, tem convívio familiar, enfim, não a coloco numa bolha, pois temos que mudar essa ideia de que criança com Síndrome de Down não vai crescer. Pelo contrário, eles crescem, se desenvolvem e têm inteligência”, enfatiza a mãe.
Questionada sobre o conselho que dá a outros pais, Fernanda reforça a busca pelo conhecimento sobre a síndrome e por apoio médico. “Todas as síndromes trazem um conhecimento. A Helena traz o conhecimento do amor. Tudo que ela faz toca as pessoas e as torna melhores”, conclui.
Dra. Louise e Dr. Alexandre
Dra. Louise e Dra. Gisele